O ministro Crato viabilizou a realização de alguns exames graças aos mega-agrupamentos, já do tempo da MLR, e perpetuados e incentivados pelo próprio. Os professores primários, já sem aulas, foram convocados para assegurar o serviço de exames. Muitos (para não dizer a maioria) nunca o tinham feito na vida. Ficámos então a saber que para vigiar exames nem é preciso preparação, nem reuniões, nem normas, nem o diabo-a-sete! Aliás, este ministro da deseducação mostrou-nos que também não precisamos de secretariado de exames: basta um professor. Pode até ser o director. Assim até é bom porque poupa trabalho aos professores que, em final de ano, já se encontram esgotados do trabalho lectivo e poupam-se para outros serviços: matrículas, por exemplo. Pode também ser que o ministro Crato ponha os directores a matricular alunos….Isso é que era!! Citando S. Maugham: “Aquilo que os princípios têm de cómodo é que podemos sempre sacrificá-los quando é necessário.”
We never know.